quarta-feira, 8 de abril de 2009

LGBT agora é problema estadual



Governo cria conselho a ser instalado na data mundial de combate à homofobia

Jornal JB – Segunda, 06 de abril de 2009

A cada dois dias um homossexual é assassinado. No Brasil, 68% dos gays, lésbicas, transexuais e bissexuais já sofreram algum tipo de agressão e 12 milhões já foram vítimas de preconceito e aversão. Para mudar essa realidade, o governo do estado criou, por decreto publicado na sexta-feira, o Conselho dos Direitos da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, vinculado à Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos.

“Esse conselho não foi tirado da cartola” – conta Cláudio Nascimento Silva, superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da secretaria. Ele prossegue: “Há dois anos, estamos fazendo políticas públicas para assegurar e promover nossos direitos. Não será uma medida para inglês ver. É importantíssimo que o estado inclua os homossexuais na agenda pública”.

O conselho será composto por 40 membros, dos quais 16 serão representantes das secretarias de Segurança; Administração Penitenciária; Saúde e Defesa Civil; Trabalho e Renda; Educação; Turismo, Esporte e Lazer; os outros 24 serão representantes da sociedade. Também estarão representados o Ministério Público do Estado, a Defensoria Pública, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Assembléia Legislativa (Alerj). Será criado um fórum para decidir os requisitos para escolhas dos membros. A posse será em 17 de maio, data mundial de combate à homofobia. A função de membro do conselho é considerada como serviço público relevante e por isso nenhum deles será remunerado.

“Queremos que todos os setores governamentais fiquem atentos para o problema, porque ele está aí e deve ser atacado em diversas frentes. Não é possível que homossexuais sejam perseguidos e agredidos fisicamente por terem orientação sexual diferente” – afirma Nascimento Silva.

O conselho faz parte de um programa mais amplo, o Rio sem Homofobia, que será lançado em 28 de junho, dia mundial do orgulho gay e lésbico. Em junho de 2007, foi criada a câmara técnica do projeto e em maio de 2008 foi realizada a primeira Conferência Estadual de Políticas Públicas para Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT), que reuniu 700 delegados de 72 municípios.

“Não acredito em política pública sem mecanismos de acompanhamento e avaliação. Com o plano Rio sem Homofobia, o estado vai criar uma rede de proteção básica aos homossexuais” – diz o superintendente.

A mais recente briga é para aprovar o projeto 122/2006, da Câmara dos Deputados, que propõe a criminalização da homofobia. O projeto a equipara ao crime de discriminação de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional e gênero e o autor da violência fica sujeito a pena, reclusão e multa. Para cada variação da homofobia, há uma penalidade específica, que atinge no máximo cinco anos de reclusão. Para os casos de discriminação em estabelecimentos comerciais, os proprietários ficarão sujeitos a reclusão e suspensão do funcionamento por até três meses. Também será considerado crime proibir a manifestação de carinho. A lei precisa ser votada no Senado, mas encontra oposição de setores conservadores e religiosos.

A luta por direitos vem desde 1996, quando a comunidade conseguiu aprovar a Lei Municipal 2.475/1996, que determina penalidades para as práticas discriminatórias por orientação sexual em estabelecimentos comerciais e órgãos públicos. A lei passou a vigorar em todo o estado quatro anos depois.

A mais recente conquista foi em 2007, com aprovação do regulamento 215/2007, que estende o direito de pensão a companheiros e companheiras de servidores públicos homossexuais. A regra já era válida para a capital desde 2002.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

VIOLENTA AGRESSÃO HOMOFÓBICA A ESTUDANTE DE CIENCIAS SOCIAIS DA UFPR EM CURITIBA

VIOLENTA AGRESSÃO HOMOFÓBICA A ESTUDANTE DE CIENCIAS SOCIAIS DA UFPR EM CURITIBA
02/04/09

Por Wanirley Guelfi



Estes tipos de crime vem aumentando nas ruas da cidade “modelo”

No dia 23 de março de 2009 um aluno de Ciências Sociais da Universidade Federal do Paraná foi violentamente agredido em Curitiba por um grupo de 10 homens com a cabeça raspada, provavelmente skinheads de orientação neonazista, por causa de sua orientação sexual.

Alunos, professores, familiares e amigos do estudante estão se mobilizando com o objetivo de denunciar esse tipo de ataque que vem aumentando na cidade. Homossexuais, transexuais, negros, prostitutas e punks são os grupos preferidos para a violência praticada pelos skinheads.

Leia mais aqui... http://cufa-parana.blogspot.com/

sexta-feira, 20 de março de 2009

Casal de lésbicas usa fertilização para gerar gêmeos e pretende registrar crianças com nome das duas mães



Casal de lésbicas usa fertilização para gerar gêmeos e pretende registrar crianças com nome das duas mães
Gabriela Moreira - Extra

Adriana Tito Maciel tem 26 anos e sempre sonhou ser mãe. Aos 15, assumiu para a família que era homossexual. Casou-se com Munira Khalil El Ourra, de 27, e, dentro de dois meses, elas serão mães de gêmeos: Ana Luísa e Eduardo.

O sêmen foi comprado num banco de esperma, em São Paulo, e é Adriana quem está grávida. Mas a maternidade de Munira não é somente simbólica. Seus óvulos foram usados na fertilização in vitro e deram origem aos bebês. Isso porque os ovários de Adriana foram comprometidos devido à endometriose. O caso foi revelado pela revista "Época".

- Sempre tivemos o sonho de engravidar e ter filhos. Queríamos sentir como é dar à luz. A vontade da Adriana era muito grande, porém ela é infértil. Toda pessoa que descobre isso fica muito decepcionada. Procuramos o doutor Fernando Prado, que sugeriu que nós duas poderíamos participar e contribuir para a concepção dos nossos filhos - disse Munira, que deseja que sua participação na gestação seja incluída no registro de nascimento: - As duas serão chamadas de mãe. Nossa advogada vai lutar para que o nome das duas conste na certidão, para que possamos garantir o direito das crianças.

" Eu sempre quis ser mãe e tenho esse direito "

Casada com Munira há dois anos, Adriana diz que vive um dos melhores momentos de sua vida:

- Fiquei muito desiludida quando soube que não podia ter filhos. Já estávamos nos preparando para uma adoção, mas quando vimos que podíamos gerar os bebês, ficamos muito felizes. Eu sempre quis ser mãe e tenho esse direito.

Gestação é inédita no Brasil
Nem Munira nem Adriana tem a pretensão de substituir a figura do pai. Elas também não acham que a falta de uma referência masculina será sentida pelos filhos.

- Educar um filho não é fácil para ninguém, mas tentaremos, com todas as nossas forças, fazer com que nossos filhos saibam respeitar, amar, serem responsáveis e honestos. Desejamos que eles sejam pessoas que possam contribuir para um mundo melhor. Que saibam o valor da vida e o valor de cada um - diz Munira, completando: - Futuramente, podem perguntar o por quê de não terem pai. E isso será muito conversado e explicado. Mesmo não tendo um pai para criá-las, elas não serão diferentes de nenhuma outra criança. Milhões são criadas apenas pela mãe.

Bebê de proveta
Para que a gravidez fosse possível, elas contaram com a ciência. A técnica de fertilização em laboratório já é difundida há tempos, mas foi a primeira vez no Brasil que a medicina usou os óvulos da companheira da mãe para dar origem aos embriões.

- Em função da endometriose, Adriana perdeu a fertilidade. Então decidimos produzir os óvulos na Munira e depois implantá-los na Adriana. Isso é comum em casais convencionais em que a mulher é infértil, e deu muito certo com elas - afirmou o obstetra das duas, Fernando Prado, que tem especialização em reprodução humana.

Cineclube LGBT - Rio de Janeiro



Cineclube LGBT

A próxima edição do Cineclube LGBT será no dia 27/03, às 21h, no Cinema Odeon Petrobras, na Cinelândia, e exibirá o Programa Especial “O Tempo não Para”: quatro curtas-metragens que falam sobre o tempo e a idade.

No elenco das duas ficções se destacam nomes como Ney Matogrosso, Nildo Parente, Ana Lucia Torre e Denise Weinberg.

Os ingressos antecipados serão vendidos a partir de terça-feira, 24/03, 14h.

Depois de Tudo – 2008, Cor, MiniDV, 12 min
Direção e Roteiro: Rafael Saar
Elenco: Ney Matogrosso e Nildo Parente
Depois da despedida, a espera. Depois da espera, a volta. Depois de tudo, o que mais querem é estar juntos, e um dia basta para que esperem pelo próximo.

Na Madrugada - 2008, Cor, 35mm, 22 min
Direção e Roteiro: Duda Gorter
Elenco: Ana Lucia Torre e Denise Weinberg
Na Madrugada nos convida a acompanhar uma noite na vida de Margot. Sofisticada e independente, ela busca superar as lembranças e os fantasmas do passado.

Primaveras - 2008, Cor, MiniDV, 15 min
Direção: Dostoiewski Mariatt
Elenco: Camille K e Suzy Parker
Duas travestis na terceira idade. Suas estórias... muitas primaveras.

Homens - 2008, Cor, 35mm, 21 min
Direção e Roteiro: Lucia Caus e Bertrand Lira
Elenco: Stephany, Bárbara Alicia de Mônaco, Baiana, Claudete
Histórias de coragem revelam desencontros e alegrias vividos por homossexuais em pequenas cidades do nordeste do Brasil.

segunda-feira, 9 de março de 2009

CUFA-Tocantins em evento GLBT




Em Tocantins, CUFA participará do 1º Encontro GLBT Estadual

A promoção é da Associação Grupo Ipê Amarelo Pela Livre Orientação Sexual – GIAMA. O encontro acontecerá nos dias 20 e 22 de março em Palmas, no auditório do Hotel Vitória, e reunirá a comunidade GLBT – Gays, Lésbica, Bissexuais e Travesti – do Tocantins. O encontro tem como tema “Direitos Humanos, Cidadania e Saúde”.

A Diretora Executiva da CUFA, Gleidy Braga, considera de suma importância a participação no encontro, pois em nível nacional a instituição tem trabalhado com essa temática, realizando ações e fomentando o debate sobre os direitos da comunidade GLBT.

A GIAMA mantém, em parceria com a Prefeitura de Palmas e a Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, o Centro de Referência em Direitos Humanos GLBT de Palmas, estendendo o atendimento para todo o Estado.

Por: Gleidy Braga

Documentário "For the Bible Tells me So" (Assim me diz a Bíblia)




Gênero: Documentário
Duração: 95 min.
Tipo: Longa-metragem / Colorido
Produtora(s) : Atticus Group, VisionQuest Productions
Diretor(es): Daniel G. Karslake
Roteirista(s) : Daniel G. Karslake, Helen R. Mendoza
Elenco: Chrissy Gephardt, Mary Lou Wallner, Tonia Poteat, Richard Gephardt, Gene Robinson, Desmond Tutu

O documentário americano "For the Bible Tells me So" (Assim me diz a Bíblia), é uma emocionante e bem fundamentada discussão a respeito do significado real das Bíblia naquilo que se refere à homossexualidade.

O filme conta com o depoimento de vários teólogos, pastores, do bispo anglicano Desmond Tutu, além de um rabino. Por meio destas participações se põe em questão o que realmente as passagens da Sagrada Escritura que se referem à relação entre pessoas do mesmo sexo querem dizer e se é justo, para com o sentido original do texto, usá-las como prerrogativa de condenação absoluta ao inferno para gays e lésbicas.

A interpretação literal do texto bíblico é desconstruída gradativamente na medida em que se contextualiza a situação cultural, a mentalidade presente na época retratada pelos textos. Numa linguagem fácil, os diversos depoimentos vão nos fazendo perceber que assim, como a Bíblia foi, e às vezes, ainda é, usada para justificar uma submissão ideológica das mulheres em relação soa homens e a discriminação racial, hoje, o alvo dos fundamentalistas bíblicos são os homossexuais.

O filme não é, no entanto, uma discussão teológica entre especialistas. Na verdade, esta contextualizaçã o original das passagens bíblicas se justifica à medida em que o público-alvo do documentário são as famílias, especialmente as de origem ou tradição cristã. Os idealizadores são um casal heterossexual Robin e Bruce, e a idéia desde o início era criar uma identificação com os telespectadores e quem não tem um parente ou um amigo gay? Por isso, o filme é centrado na história de cinco famílias cristãs com algum membro homossexual. Acompanhamos no filme os diferentes caminhos que cada família trilhou ao se deparar com a notícia de que um dos seus era homossexual, histórias distintas, mas que produziram em cada família uma profunda, e muitas vezes dramática, reflexão sobre o que a Bíblia realmente diz sobre a homossexualidade, mas acima de tudo, sobre a incondicionalidade do amor divino e humano.

As famílias foram muito bem selecionadas com histórias muito significativas, mas vale ressaltar a da família Robinson. São entrevistados os pais e a ex-mulher de Gene Robinson, o primeiro bispo anglicano assumidamente gay da história. Ele se converte num símbolo importantíssimo da possibilidade real de conciliação entre as identidades gay e cristã e não há como não se emocionar, no filme, com as cenas de sua consagração episcopal.

"Assim me diz a Bíblia" expressa de maneira muito clara que há uma ideologia perversa por trás do uso de passagens isoladas da Sagrada Escritura para justificar religiosamente o ódio aos homossexuais e nos mostra, concretamente, por meio da história de cinco famílias cristãs, os caminhos reais trilhados por pessoas que souberam resignificar em suas vidas o que realmente a Bíblia nos diz de mais importante e central: o amor verdadeiro e incondicional a todos.

Para quem se interessar há um site (em inglês) sobre o filme: www.forthebibletell smeso.org

CONEXÕES URBANAS NO MULTISHOW – LGBT – NO AR DIA 09.03.09 – 21H45



O preconceito contra quem vive nas periferias das grandes cidades é um dos principais fatores da segregação social no Brasil. Imagine então viver na periferia e ser gay. O Conexões Urbanas traça um panorama do universo GLBT no país e levanta iniciativas para diminuir o preconceito e a violência contra homossexuais nestas áreas. José Junior visita os representantes do Conexão G, organização pelos direitos LGBT no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, e conversa com a professora Silvia Ramos, mestra em Psicologia pela PUC-Rio e ativista.

O Conexões Urbanas vai ao ar no canal Multishow sempre as segundas-feiras, às 21h45, com apresentação de José Junior. Com um tema diferente a cada semana, o programa tem como objetivo acabar com apartheid social, criar elos de conhecimento, cultura e afetividade entre os diversos guetos em que a sociedade se dividiu: ricos e pobres, brancos e pretos.

Conectado com os mais recentes pensamentos de sustentabilidade, tecnologia, cidadania, saúde e paz, José Junior apresenta empresas e pessoas que vêm experimentandotransformações sociais ousadas e bem sucedidas no Brasil e no mundo.
Dirigido por Rafael Dragaud, produzido por José Junior (AfroReggae) e Augusto Casé (Casé Filmes) e com direção de fotografia de Maritza Caneca, o programa pode ainda ser conferido em horáriosalternativos: Terça, às 16h; Quarta, às 13h; Quinta, às 5h30; Sexta, às 17h30 e Domingo, às 8h30. Confira sempre o site do Multishow, pois os horários alternativos podem mudar.

Veja a chamada do programa desta segunda-feira, através do link: http://www.youtube.com/watch?v=hkY15HXYb90

Ou através do Canal do AfroReggae no Youtube: http://www.youtube.com/user/AfroReggae